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Origens da Igreja de S. Julião de Azurara

É de 1103 o documento mais antigo que refere a Igreja de S. Julião de Azurara.

Consta numa carta de testamento que Pedro Sesnandes faz à Sé de Coimbra, na vacatura da Sé de Viseu, os bens que possuía, incluindo o mosteiro dedicado a S. Julião, junto ao Castelo de Zurara.

Assim, a nossa Igreja Matriz é anterior à fundação da nacionalidade e teve origem num monasterium rural, possivelmente de meados do século XI.

O templo e a paróquia passaram por muitas vicissitudes ao longo dos anos.

Para já queremos destacar:

1462 – D. Afonso V dá o padroado a Fernão Cabral.

1496 – Confirmação do padroado a João Fernandes Cabral.

1517 – A igreja de S. Julião – Comenda da Ordem de Cristo.

1635 – O pintor António Vieira, de Lamego, faz o retábulo da capela-mor.

1668/69 – Alteamento das paredes da igreja.

1690 – Grandes obras de restauro da capela-mor.

1712 – O retábulo da capela-mor ficou pronto, mas por dourar.

1834 – Último enterramento na igreja.

1838 – Em 26 de Fevereiro ruiu a frontaria da igreja, quebrando a pia baptismal gótica. Durou de 1841 a 1854 a sua reconstrução.

1934 – Já com Mons. Monteiro, restauro da Igreja Matriz que tomou o aspecto actual.

1992 a 2 de Setembro de 1995 – Grandes obras de restauro.

Desde sempre, a Igreja Matriz foi o centro da paróquia, mudando para o Complexo Paroquial com a dedicação da Igreja por D. José Pedro da  Silva, Bispo de Viseu em 9 de Julho de 1987.

As instalações do Complexo Paroquial foram inauguradas em 12 de Julho de 1987.

O Padroeiro foi sempre S. Julião. O dia 9 de Janeiro era o “dia santo” da freguesia, com procissão e missa cantada. Não se sabe quando se deixou de solenizar o Santo Mártir.

No entanto, em 1982, foram retomadas as comemorações na vigência da Equipa Sacerdotal da época – Monsenhor Cónego Manuel da Cruz Ferreira Monteiro, Pe. Dr. António Pinto Lobinho. Pe. Doutor Manuel da Rocha Felício e Pe. Dr. Manuel Gonçalves Fernandes.

Os Párocos

É impossível apresentar uma lista completa, por falta de documentação da Idade Média. Mas nas Inquirições de D. Afonso III, de 1258, os párocos de S. Julião de Azurara são designados por clérigos. Nos finais do mesmo século são abades.

 

No séc. XV, abades e reitores, e, a partir da época em que a igreja passou para a comenda da Ordem de Cristo, vigários ou reitores. Eis os nomes encontrados:

Séc. XIII – Marinho Gonçalves, Mendo Ermiges, Afonso Mendes, Salvador Peres, João, clérigo, Fernão Rodrigues, Martinho Eanes, Fernão Rodrigues, Martinho Martins, Fernão Roiz.

Séc. XV – João Fernandes, Álvaro de Almeida, Garcia Martins, Fernão Martins.

Séc. XVI – Rui Lopes, André Roiz, António Fernandes, Bastião Fernandes, Bartolomeu do Amaral, Belchior Monteiro d’ Amaral.

Séc. XVII – António de Almeida, António Nunes, Duarte Alves, Manuel Gomes, Cosme dias da Costa, António Mourinho d’ Almeida, Domingos de Sampaio de Amaral, Manuel de Sampaio, Filipe do Souto Tenreiro, Salvador Luís, Simão de Abrantes, António das Neves, Manuel Vicente Ferreira, Domingos Fernandes Homem, Vital de Almeida Faria.

Séc. XVIII – Manuel Roiz Caxilla.

Manuel Marques Lobo, Vigário de São Julião, que em 15 de Agosto de 1724, dia de Nossa Senhora da Assunção, dia de festa grande  benzeu  a Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde.

Miguel Mendes.

Bento José Cardoso.

Isidoro de S. Paio do Amaral.

José Rebelo de Mesquita, bacharel e comissário do Santo Ofício. Natural de Viseu. Era o Vigário de S. Julião de Mangualde que, em 6 de Junho de 1758, respondeu ao questionário constante das Memórias Paroquiais.

Grande devoto de Santo António, mandou fazer em 1759, à sua custa, a Capela de S. António dos Cabaços, na serra do mesmo nome.

Foi no seu tempo que, em virtude da Igreja Matriz se encontrar arruinada, surgiu a ideia de se mandar construir uma nova igreja, no local onde hoje está o Complexo Paroquial.

Faleceu em 1 de Agosto de 1763 e sepultado na Igreja Matriz.

Rodrigo Cardoso de Távora, Vigário Encomendado, natural do lugar da Abrunhosa.

Antão de Miranda Faria.

Manuel de Matos Carvalho, Vigário Encomendado, natural de Almeidinha.

António Borges Moreira, Manuel Martins, João de Ornelas Rollim Abreu, Serafim Soares, Joaquim José de Seabra.

Séc. XIX – Bento José Pereira, Vigário Encomendado

José Joaquim de Araújo Pacheco, Vigário de São Julião, em 6 de Setembro de 1832 benzeu a nova Igreja de Nossa Senhora do Castelo e nela celebrou  a primeira missa. Teve como coadjutor o Padre António Ferreira.

António Roiz (ou Rodrigues),Vigário Encomendado, natural da Cunha Baixa.

José Gomes de Melo, Bernardino de Almeida Coito, António Joaquim da Silva, Francisco Osório Coutinho.

Bernardo José de Jesus de Oliveira Machado,Vigário Encomendado, natural de Mangualde.

António de Melo Cabral, Cónego, natural de Vila Cova de Tavares.

Manuel da Trindade, Coadjutor do Vigário António de Melo Cabral.

António Duarte Lopes, Coadjutor do Vigário António de Melo Cabral.

António Pessoa de Campos, Vigário, teve como Coadjutor o Pe.António Carvalho Matos.

António Carvalho de Matos, Vigário Encomendado, assina um termo do registo paroquial em  23/03/1888.

Manuel Marques Monteiro, natural de Abrunhosa do Mato, tomou posse em 29 de Novembro de 1888. “Vigário muito digno, ilustrado, bondoso e geralmente benquisto”, faleceu em princípios de Janeiro de 1904. Teve como coadjutores os:

PP. António Carvalho de Matos e Bernardo José da Costa Amaral (Nasceu em Mangualde em 1874 e faleceu em 17 de Agosto de 1935. Foi abade de Quintela de Azurara).

 

Séc. XX – António Carvalho de Matos, vigário encomendado, de Maio de 1904 a Junho de 1908.

 

José Domingues de Gouveia Cabral, anterior pároco de Várzea de Tavares. De 1 de Julho de 1908 até Agosto de 1923. Teve como coadjutores:

Pe. João Lopes da Silva – Coadjutor de Janeiro a Outubro de 1911.

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