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Mensagem de Páscoa

Cristo vive, anuncia-O!



1. “Procurais a Jesus de Nazaré, o Crucificado? Ressuscitou: não está aqui” (Mc 16,6). A boca do Anjo diz-nos, no Evangelho da noite Pascal, esta Boa-Nova. Este anúncio que convida a voltarmos o nosso olhar para o alto, para a Cruz, não como um sinal de desespero e de desilusão, mas como sinal de acolhimento deste ato de Amor, ímpar e inédito, que vê mais longe e que nos conduz à Verdadeira Vida.


2. Jesus Cristo é Ressuscitado pelo Pai com a força do Espírito Santo. Ele é o Senhor (Kyrios), o Escathon, que introduz na história a vida definitiva, a vida eterna, que pela Fé nos conduz à participação no bem da vida divina. Esta vida e este bem, salvífico, foram iniciados no dia do nosso Batismo e culminam neste ato de Amor, morte na cruz e Ressurreição na manhã de Páscoa, onde toda a história é renovada e o ser humano se torna parte filial da vida em Deus.


3. Em liberdade e amor, somos chamados a aproximarmo-nos do Senhor, para que d’Ele nos alimentemos. A nossa humanidade é frágil, débil e coloca-nos amarras que assolam a nossa vida: o nosso medo, egoísmo, culpas, e por fim, a nossa morte. Se temos consciência “desde sempre” destas realidades, no último ano, em que vivemos, deixamos de ter somente consciência e passamos a experienciar na primeira pessoa tudo isto, com a Pandemia que enfrentamos, mas que não terá a última palavra, somos chamados à Esperança (Rm 8,24). Quanto mais desejarmos beber da “fonte de água que dá a vida eterna” (Jo 4,14) mais fortalecidos e configurados ficaremos com o Senhor da Vida e da Paz (cf. Jo 20, 19-31).


4. Deste modo, vivermos e testemunharmos o Ressuscitado implica fazê-lo no nosso dia a dia, tanto pela oração pessoal e comunitária como também pelo nosso testemunho de vida na família, na escola e no trabalho, ou seja, em sociedade. Neste ano, dedicado a São José (pelos 150 anos da declaração como Padroeiro Universal da Igreja) podemos aprender dele que “ter fé em Deus inclui também acreditar que Ele pode intervir inclusive através dos nossos medos, das nossas fragilidades, da nossa fraqueza” (Francisco, Patris Corde, nº 2, p. 17).


5. Cristo vive, anuncia-O! Que sejamos testemunhas não dos soldados incrédulos nem de um sepulcro vazio de sentido, mas sim do Ressuscitado que nos faz arder o coração nos caminhos da vida (cf. Lc 24, 13-35). Que Maria, na alegria do Ressuscitado, nos anime e ajude a sermos bons discípulos do seu Divino Filho.


Padre Paulo Domingues


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